domingo, 17 de julho de 2011

Segunda “grande”Expedição Náutica - Marina Santo Antônio

Saida: 03/03/2011

Chegada: 07/03/2011

Aproveitando o feriadão de carnaval, combinamos uma nova velejada entre os veleiros que ficam
sediados na Marina Santo Antônio, bem como outros que desejem participar.

Resolvemos ir novamente para Porto Belo, porém agora fazendo um pernoite em Ganchos.

Como nem todos poderiam sair na quinta-feira, fizemos uma saída em duas etapas. O Acquaviva,
Gabiroba e Free flap saíram na quinta e os demais na sexta.

O dia estava bom, com ventos de Sul e Sudeste de fracos a moderados, o que possibilitou uma boa
velejada. Saímos de Santo Antônio e fomos primeiramente até a saída da barra norte de Florianópolis
onde entramos no mar aberto e fizemos rumo à ponta de ganchos.

O mar estava calmo e assim fizemos uma boa velejada. No Veleiro Gabiroba, do comandante Brito
estava também o amigo Luiz ( veleiro Bayard) e no Free Flap o Rubens e Alicia, sua esposa e no
Acquaviva o Nei.

Quando chegamos à ponta de ganchos e começamos a entrar na baia de tijucas, o Comandante Brito, no
seu Gabiroba, novamente foi o nosso líder, pois existem pedras próximos da costa nesse trecho e , por
medida de segurança deve-se fazer uma volta por fora, para depois entrar em Ganchos.

Eu possuo o Gps map que tem instalado as cartas náuticas da região, aparelho muito útil para
navegação e, principalmente na entrada de ancoradouros, pois nos dá todas as informações necessárias,
como pedras, baixos, canais, locais de ancoragem etc e fui assim acompanhando o trajeto.

Lá pelas 15h chegamos a Ganchos, um lugar super protegido dos ventos do quadrante Sul. Ancoramos
próximos da vila, com águas super calmas.

Depois fomos eu e o Luiz a terra para comprarmos pão e gelo e também aproveitamos para tomar um
café e fazer um lanche numa padaria. A vila de Ganchos é um local muito calmo com vários barcos de
pesca em sua pequena enseada.

Retornamos aos barcos, descansei um pouco, li e a noite fui até o Gabiroba comer uma deliciosa
macarronada com carne moída, feita pelo Brito, além é claro de tomar umas geladas. Batemos um bom
papo até lá pelas 22h e depois nos recolhemos, pois pretendíamos sair cedo na sexta.

Acordamos cedo e às 8h já estávamos de saída, pois pretendíamos encontrar os outros três veleiros na
ilha do amendoim. O Tom,( Comandante Luiz), o Images (comandante Marcelinho) e o Samoa Vinicius
(Comandante Luiz)que tinham pernoitado na praia de Magalhães e já tinham saído cedo rumo também
ao amendoim.

O dia também estava bonito, com ventos favoráveis e ondas de 1 metro, o que possibilitou uma bela
velejada.

Na ilha do amendoim encontramos os outros veleiros e a partir dali a flotilha estava completa. Passamos
por Mariscal, Ponta de Bombas, Bombinhas e Bombas e logo estávamos passando pelo través da ponta
de Porto Belo, entrando assim em sua baia.











Passamos primeiro pelo Caixa D’ço, aonde vimos pouquíssimos barcos ali ancorados, apesar de ser já
uma sexta-feira de carnaval e diferentemente da outra vez em que ficamos ancorados mais próximos do
flutuante do João de Deus (perto do Iate clube de Porto Belo),preferimos ir mais para o centro da cidade
de Porto Belo e ancoramos os 6 veleiros mais próximos possível do trapiche principal da cidade, com
profundidade de 2,3 metros,pois a maré ainda estava baixando. Assim ficaríamos mais próximos do
supermercado, bares, restaurantes, bem como da praça central da cidade.

Em Porto Belo já estavam nos esperando a minha esposa Lélia e a esposa do Comandante Marcelinho,
Valquíria e sua filha Bruninha, que vieram de carro. Fomos a terra buscá-las.

Logo que se chega a algum ancoradouro são necessários vários preparativos nos barcos, tais como
colocar os botes na água, colocar os toldos para proteção do sol e chuva dentre outros para que
possamos depois ficar mais bem acomodados a bordo. Desta vez todos os seis veleiros possuíam botes
infláveis com motores o que facilita muito nosso deslocamento a terra.

Enquanto ainda estávamos nessa empreitada de arrumação de chegada, o Luiz (Samoa Vinicius ) nos
chama avisando que o veleiro tinha encalhado com a maré baixa. Fomos todos até lá tentando ajudar
o desencalhe, mas não teve jeito devido ao seu grande peso. Como o Luiz não tinha levantado a quilha,
o que diminuiu em muito o seu calado, o jeito era esperar até a madrugada quando a maré voltaria a
subir.

E assim foi feito. Só que agora ele aproveitou a subiu a quilha para evitar novo encalhe.

Na sexta-feira a noite fomos ao centrinho de Porto Belo comer uma deliciosa pizza e depois aguardar na
praça o desfile de escolas de samba.

Acontece que lá pelas 22h caiu uma chuva muito forte, nos obrigando a ficar embaixo de uma marquise
até que a mesma desse uma folga para podermos voltar aos barcos. O desfile de carnaval vai ficar para
uma próxima oportunidade.

Voltamos aos barcos e ainda choveu por um tempo, com bastante intensidade, mas depois acalmou a
chuva e a noite foi tranqüila.

No Sábado o dia ficou livre para que cada um fizesse o que desejasse. O Gabiroba foi dar uma velejada
pela região de Itapema e os demais ficaram ancorados.

Ainda pela manhã, enquanto o Marcelinho e o Luiz (Samoa) foram em terra me pareceu que o veleiro
Images estava garrando (saindo do lugar onde estava ancorado).

Resolvi esperar mais um pouco, pois poderia ser impressão minha, mas logo a Lélia me chama dizendo
que o Images estava próximo demais do Samoa Vinicius, podendo se chocar. A bordo estavam a
Valquiria e Bruna, mas não possuem conhecimento suficiente para manobrar o veleiro.

Peguei então o meu bote e fui até lá. Primeiro evitei o choque com o outro veleiro e depois de apanhar
um pouco, consegui ligar o motor e daí levantar a ancora para nova ancoragem.

Quando levantei a ancora observei uma coisa interessante, pois a mesma tinha a sua corrente presa a
uma das hastes, o que tirou toda a ação de unhar no fundo.

Para nós foi um fato inusitado, mas depois nos disseram que não é tão difícil de acontecer quando se
deixa o barco ancorado por mais tempo. Ele gira durante a noite e pode acontecer isto.

O ideal é que se observe de vez em quando para ver se a ancora está bem unhada ( firme no fundo).

Tal fato aconteceu logo depois com outro veleiro da flotilha (Free Flap).

Depois desses fatos passamos o resto do sábado tranqüilos. Alguns aproveitaram para limpar o casco
dos seus veleiros.

À noite fomos a terra tomar uns chopps e comer uns aperitivos no Botequim Du Cais, bar localizado em
frente ao trapiche municipal de Porto Belo e depois retornamos aos barcos, já que a maioria desejava
retornar para Floripa no domingo pela manhã.

Acordamos cedo, pois tínhamos combinado iniciar o retorno lá pelas 8h. Levamos a Lélia, Valquiria e
Bruninha a terra, já que elas iriam de carro até a praia de Magalhães onde nos esperariam.

Depois das arrumações de praxe, como tirar os toldos, colocar os botes infláveis para cima do veleiro,
amarrar bem os motores de popa, saímos do centrinho de Porto Belo com rumo à praia do Magalhães.

Inicialmente fomos a motor, passando pelo Caixa d’aço e logo chegamos na ponta de porto belo. Ao
passar por essa ponta o vento que era de S SE apareceu com mais força o que possibilitou desligarmos
os motores e irmos somente a vela. O Acquaviva fazia mais de 6 nós de velocidade. Era muito bonito
olhar 7 barcos velejando juntos , pois na saída de porto belo um outro veleiro nos acompanhou por um
trecho (eram argentinos).

Como o vento era contrário tomamos um rumo mais para fora , pois nossa intenção era ir além da ilhas
das galés e mais tarde cambarmos os barcos ( mudar de rumo) e irmos direto para a entrada da baia
norte de Fpolis.

Estava tudo muito bom até chegarmos próximos da ponta de bombas, quando o vento apertou muito,
dificultando nossa navegada. Os barcos balançavam muito e os menores, que possuíam motor de popa
teriam mais dificuldades ainda no caso de precisarmos motorar.

O Acquaviva, o Samoa Vinicius, tom, free flap e o gabiroba estavam mais para fora com rumo nas galés,
porém o mar piorou e resolvemos então cambar com rumo a ilha do amendoim, pois parecis que o mar

estava mais calmo na costa, onde os morros protegiam do vento.

Fiz esta manobra e o Acquaviva realmente melhorou muito a navegação, ficando mais confortável e fácil
de manobrar.Os outros comandantes também fizeram o mesmo e logo estávamos todos mais próximos
da costa indo direto para as ilha do amendoim, agora a motor, pois íamos contra o vento.

Com estas manobras e também devido aos diferentes tipos de motores, alguns foram mais adiante e
outros ficaram um pouco para trás, como o Freee Flap e o tom.

Pedimos então que o Samoa Vinicius, maior barco da flotilha, voltasse um pouco e ficasse
acompanhando os dois de perto.

Logo que o Acquaviva e o Images passaram a ilha do amendoim notaram que o mar ficou mais revolto
novamente, pois agora estávamos atravessando a baía de Tijucas, novamente com vento de frente e
sem a proteção dos morros. Apesar disso a navegada foi tranqüila, apenas com os barcos balançando
bastante, mas sem qualquer perigo a navegação.

Somente quando chegamos próximos da ponta de ganchos é que o vento acalmou novamente e o mar
ficou um pouco mais liso, possibilitando uma navegada mais tranqüila, desta vez até a entrada da baia
norte.

Os três veleiros que vinham mais atrás ( Samoa Vinicius, free flap e tom) ao passarem pela ilha do
amendoim aconteceu um fato inusitado que foi a chegada de um Jet ski próximo ao veleiro Tom e ali
ficou de papo com o comandante Luiz querendo saber como era a navegação num veleiro, de onde
vinha e para onde ia etc. Coisa hilária o Tom manobrando por causa da vento, mar mexido e próximo da
costa com um Jet ski ao seu lado querendo conversar.

Depois dessa etapa todos conseguiram chegar são e salvos à praia do Magalhães, onde nossas esposas
já nos esperavam. Novamente as arrumações costumeiras e depois fomos todos a terra comer alguma
coisa no restaurante Casa Nova, pois a fome era grande. Comida boa e barata.(filé de peixe a milanesa,
peixe ensopado, carne assada, arroz, feijão, salada e batata frita.)

Na segunda de manhã as mulheres foram de carro para Floripa ,pois a Lélia iria preparar uma feijoada
na terça de carnaval na marina e tinha que comprar os ingredientes.

À tarde fomos também para a casa dos nossos veleiros, a marina santo Antônio. Navegada tranqüila e
curta e logo nossos veleiros estavam em suas poitas.

Assim completamos mais uma velejada com o pessoal da marina e amigos com total sucesso e
segurança. Obrigado Senhor Deus por nos permitir realizar mais uma navegada e retornar com
segurança para nossas casas.

Texto escrito por Nei Luiz Bittencourt

terça-feira, 8 de março de 2011

Primeira “Grande” Expedição Náutica Florianópolis (Praia de Santo Antônio) a Porto Belo.



Como a maioria dos velejadores sediados na Marina Santo Antônio não tem grande experiência em navegação de mar aberto, o Comandante Marcelinho (Veleiro Images) teve a idéia de fazermos um passeio náutico até Porto Belo com o objetivo maior de um aprendizado com diversão e sem competição.
Daí surgiu a primeira “Grande” Expedição Náutica, nome sugestivo para a inexperiência da maioria dos participantes.
Marc amos a saída para o dia 04/janeiro de 2011, período em que muitos estão de férias sendo assim mais fácil conseguir adeptos ao evento.
Os dias que se precederam a partida foram de arrumações e preparativos para que tudo desse certo na navegada. Revisão de motores, combustível, água e mantimentos foram colocados a bordo.Também foi combinado de velejarmos próximos um do outro (distancia de segurança) para ajuda mutua, caso necessário. O canal combinado de conversação pelo rádio foi o 14.
Na data marcada 7 veleiros estavam prontos para a partida, sendo 5 da Marina Santo Antônio  (Acquaviva, Images, Tom, Gabiroba e Free Flap), um do Iate Clube Veleiros da Ilha ( Deseado)  e um da Baia do Magalhães ( Samoa Vinicius)
Saímos da Marina às 11h aproximadamente em 5 veleiros, sendo que o Deseado e o Samoa Vinicius nos encontrariam pelo caminho.Como o vento era fraco, seguimos a motor e vela e próximos da Praia do Tinguá resolvemos dar uma parada para nos agruparmos e decidir exatamente o que fazer.
Combinamos de seguirmos até a Praia de Zimbros onde pernoitaríamos.
A partir do Tinguá o vento aumentou um pouco e foi possível darmos uma bela velejada até Zimbros.Com o vento era de NE rumamos inicialmente para a Ponta das Canas e depois então cambamos com rumo direto a Zimbros.
Os barcos iam devagar, em torno de 3 nós de velocidade, mas conseguimos ir velejando sempre e sem utilizar os motores.Passamos por Palmas e ponta dos Ganchos e logo estávamos atravessando a Baia de Tijucas, já próximos de Zimbros.
Chegamos ao destino lá pelas 18h e fomos então achar um local adequado para fundearmos os veleiros e ali passarmos a noite.O Brito (veleiro  Gabiroba) era o único que já tinha estado por lá antes e nos orientou quanto ao local.
Depois de todos já estarem com seus barcos devidamente ancorados, Eu e o Marcelinho pegamos nossos botes infláveis e levamos o pessoal até o Samoa Vinicius onde comemos alguns petiscos que foram levadas por cada um e também tomamos umas cervejas geladas.
Depois de batermos um belo papo, lá pelas 22h, todos voltaram aos seus barcos para o pernoite.
A noite foi tranqüila, exceto para o veleiro Free Flap que garrou a ancora ( o veleiro saiu do lugar) e por isso o Rubens e família tiveram que ficar um pouco mais atentos durante a noite, porém sem maiores problemas, pois o vento era fraco e o local era bem livre.
Na manhã seguinte, após cada um comer alguma coisa em seu barco, saímos as 9h com rumo ao Caixa D’aço.O vento era um terral e também possibilitou que todos velejassem até próximos da saída de Zimbros para o mar aberto, onde o vento diminuiu e nos obrigou a motorar.




Quando chegamos ao mar aberto, conforme já tinha sido previsto, o mar cresceu um pouco com ondas de 2 metros e algumas de até 3 metros. A marcação da altura das ondas eu fiz através da variação do aparelho que mede a profundidade. ( Na região a profundidade variava de 15 a 17metros e ,as vezes, ia até 18 metros). Essas vagas maiores são normais e são seqüências que aparecem de vez em quando.  
Com isto os barcos que possuíam motor de popa passavam mais dificuldades na navegação, ficando assim um pouco mais para trás do grupo.
Logo que os primeiros chegaram a Ilha do Amendoim deram uma diminuída na velocidade aguardando que todos se agrupassem novamente. Quando todos já estavam juntos passamos então pelo estreito entre a ilha e o continente o que foi uma vista muito linda, pois eram 7 veleiros enfileirados passando bem  próximos da terra.
Passada a Ilha do Amendoim nosso próximo objetivo era a ponta de Bombas e depois a ponta de Porto belo.Apesar dos barcos com motor de popa serem um pouco mais lentos, fomos todos bem, pois apesar do mar alto o vento era fraco e as vagas bem regulares e espaçadas.Assim fomos até as 13h aproximadamente quando chegamos ao Caixa D’’aço.
Lá estava o veleiro Conquest, do comandante Vanderli, sua esposa Maria e sua neta que já tinha saído da Marina Santo Antônio logo após o Natal.Ancoramos próximos dele e ali ficamos o resto da tarde e noite.
Ao final da tarde e noite levamos um pequeno susto, pois todos os barcos viraram para o oeste e Noroeste e o céu escureceu muito lá para os lados de Itapema, antevendo uma chuva forte e ventos daquele lado.
Ficamos apreensivos e cada um acabou ficando em seu barco, pois os ventos de O e NW são os únicos em que a enseada do Caixa d’áço não protege adequadamente os barcos.
Assim ficamos até as 21h aproximadamente, pois chovia muito lá para os lados de Itapema, com raios e trovões muito fortes, porém felizmente não chegaram até nós. Sabíamos que a trovoada estava longe porque víamos o clarão dos Raios, mas somente após uns 14 ou 15 segundos escutávamos os trovões. 
Com isto acabou cada um ficando em seu barco e somente o Brito resolveu fazer um  carreteiro e convidou Eu e o Roberto que estávamos mais próximo dele. O Roberto aceitou o convite inclusive levando um bom vinho. Eu agradeci, pois já estava com sono.
Todos dormiram muito bem.
Na quinta-feira o dia amanheceu bonito e mudamos os veleiros para mais próximos da cidade de  Porto Belo, onde existe também um local bem abrigado para ancoragem, além da bela ilha de porto belo, local ótimo para um bom banho de mar e passeio na praia. Ali existem restaurantes e banheiros limpos.
Em Porto Belo também existe menos movimentação de lanchas e Jet ski, o que possibilita ficarmos em melhores condições em relação ao barulho e marolas do mar e também possui melhores condições de logística ( supermercado, restaurantes,padarias etc.)
Infelizmente o Caixa d’’aço está ficando muito congestionado de turistas, especialmente nos finais de semana onde se pode contar facilmente mais de 100 lanchas.
Ao meio dia alguns foram almoçar a bordo do veleiro Gabiroba, para comer o resto do carreteiro que o Brito tinha feito na noite anterior e tomarmos aquelas geladas, já que o calor era demais. Outros foram para a praia na ilha.
O Rubens (veleiro Free Flap) ficou no caixa d’aço, pois estava com problemas de ancoragem e como   conseguiu uma poita por lá, achou mais tranqüilo e seguro para com sua família.
Ali no canto esquerdo de quem chega a Porto Belo, próximo ao iate clube de porto belo, existe um flutuante do João de Deus, uma pessoa muito atenciosa e que possibilita um ótimo apoio aos navegantes, tanto de lanchas como de veleiros.  Com ele conseguimos algumas poitas para deixar o Acquaviva, Images e Tom, pois pretendíamos ficar  ali por alguns dias.
À tardinha fomos eu e o Luiz ( veleiro Tom) a pé até o centrinho de Porto Belo fazer algumas compras e logo ao retornarmos ( de táxi) o céu escureceu muito novamente e foi uma correria para colocarmos as coisas no seu barco.
Logo começou a chover bastante e com vento, mas foi por pouco tempo. Chuva de verão em final de tarde.
A noite fomos a bordo do Samoa Vinicius, exceto o Roberto e Rubens que estavam no caixa dáço,  para batermos um papo, comer uma carne com arroz e batata e tomarmos umas geladas, já que no dia seguinte alguns iriam retornar, pois alguns tinham compromisso na segunda-feira e a previsão era de entrada de um vento sul mais forte no domingo.
Com isto os veleiros Deseado, Samoa Vinicius, Free Flap e Gabiroba, retornariam a Floripa na sexta-feira pela manhã, enquanto os demais ficariam para a próxima semana.
Acordaram cedo na sexta-feira e saíram lá pelas 8h. As 10h mantive contato com o Roberto e ele me informou que estava tudo ok e que já estavam passando pelo Amendoim. Lá pelas 13h o Luiz ( Samoa Vinicius me ligou informando que já estavam todos dentro da baia norte de Floripa e que ele e o Brito fariam uma parada no Tinguá para almoço enquanto que o Roberto seguiria para Jurerê e o Rubens direto  para Santo Antônio. Tudo OK com o retorno deles.
Na sexta-feira de manhã Eu e o Marc elinho fomos ao centrinho da cidade fazer compras, pois nossas mulheres viriam nos visitar e depois fomos até a ilha de porto belo tomar um banho de mar.
Ao meio dia chegaram  a Lélia ( minha esposa) e a Valquiria e Bruninha ( esposa e filha do Marcelinho) para passarem o final de semana conosco.
Agora tínhamos um carro para poder dar umas voltas pela região. Primeiro fomos almoçar numa comida a quilo muito boa que fica bem na praça no centro da cidade e depois retornamos aos barcos para um descanso, já que o sol estava forte demais.
Como os barcos ficam sempre aproados ao vento (de frente para o vento) é sempre bem fresquinho dentro dele. Assim passamos a tarde, que diferente dos demais dias, não houve escuridão e nem chuva.
À noite fomos ao centro passear e comer uma deliciosa pizza ( Sol de Verão). A pizza estava ótima e a cerveja gelada no ponto. Conversamos bastante e depois retornamos aos barcos.
O sábado amanheceu um pouco nublado, porém sem chuva. Logo vimos alguns barcos desses de transatlântico fazendo um vai e vem até o iate clube de porto belo e então fomos até o veleiro images e juntos fomos ver o grande navio que estava ancorado próximo ao Caixa d’aço.
Um belo navio o Insignia. Passamos em volta dele e aí vimos como era pequeno o veleiro em que estávamos. Depois retornamos e fomos passar o resto da manhã na praia da ilha de porto belo. Águas claras e morna o que possibilitou um belo banho de mar. 
Lá pelas 13h30m fomos almoçar na comida a quilo do centrinho da cidade e depois retornamos aos barcos para descansar e se refrescar um pouco, pois o vento entrou de NE e um pouco mais forte.
A noite fomos novamente ao centro da cidade e enquanto as mulheres foram tomar um café nós repetimos as dose da noite anterior na pizzaria Sol de Verão.Mais tarde fomos passear e também descansar e conversar na praça até lá pelas 22h.
No domingo acordamos cedo e fomos preparar os barcos para que eles ficassem bem seguros em Porto Belo, ali junto ao flutuante do João de Deus ,pois iríamos de carro para Floripa.
O Luiz, do veleiro Tom também foi conosco e assim deixamos os três veleiros aos cuidados do João de Deus.  
Na quarta-feira seguinte voltamos eu e o marcelinho a tardinha para porto belo, pois pretendíamos sair cedo na quinta. Pagamos o João de Deus pelos 7 dias em que os veleiros ficaram nas poitas.
Na manhã seguinte saímos às 7h com rumo direto a Floripa. O vento era fraco e fomos a motor e vela mestra em cima, pois assim o barco fica mais firme durante as passagens pelas ondas. Ao passarmos pela ponta de porto belo o vento que era de SW possibilitou que abríssemos também a vela genoa e assim os barcos iam um pouco mais rápido.
Quando ultrapassamos a ponta de bombas o vento ficou mais de frente e aumentou um pouco, o que nos fez recolher a genoa e até a rizar (diminuir) a vela mestra, mas por pouco tempo, pois o vento logo acalmou novamente e tivemos que continuar com a ajuda do motor. Assim fomos seguindo e ultrapassamos a ilha do amendoim, sempre navegando um próximo um do outro e logo avistamos a entrada da barra norte da ilha de Santa Catarina e para lá rumamos.
O vento continuou fraco e o mar bem calmo, com ondas de no máximo 1 metro, o que nos obrigou a fazer este trecho também no motor. Passamos a baia de Tijucas, ponta dos Ganchos, Palmas e lá pelas 11h30m estávamos próximos da ponta da armação (entrada da barra norte)
Nesse momento escutamos pelo rádio o Saul (veleiro Nina II) falando com o Nando (Veleiro Chefia) e combinando de irem passar a tarde na baia dos golfinhos,em frente a casa que o Nando possui por lá.
Entramos na conversa e combinamos de ir também e como estávamos mais próximos chegamos primeiro, soltamos os ferros e ficamos esperando por eles, que vinham de Jurerê.Logo eles chegaram e depois de tomarmos umas geladas e comermos uns aperitivos a bordo do Nina II fomos à terra de bote inflável.
Ficamos na casa até as 15h aproximadamente e depois pegamos novamente o nosso rumo original que era a marina Santo Antônio.
À tarde o vento aumentou um pouco e foi possível levantar as velas e dar uma velejada até a marina, aonde chegamos lá pelas 16h30m.
Depois das arrumações de praxe, deixamos os barcos, agora em suas casas.
Dos veleiros que saíram no dia 04/01, faltava agora apenas o veleiro Tom, que voltou de Porto Belo no sábado, completando assim o retorno de todos, com segurança, as suas bases.
Obrigado a todos os velejadores participantes dessa navegada e também ao Vanderli (veleiro Conquest) que nos deu  apoio lá no caixa d’aço.
Obrigado também ao Senhor nosso Deus que nos permitiu ir e voltar com segurança.

Texto escrito por
Nei Luiz Bittencourt (Veleiro Aquaviva)